quinta-feira, 21 de abril de 2011

Auto-percepção de Beleza

Nesta, que designamos de auto-percepção da beleza física, emerge como central o conceito de imagem corporal, que se refere à avaliação que o indivíduo faz e às experiências afectivas que tem relativamente aos seus atributos físicos e aos seus investimentos na aparência como domínio de auto-avaliação. Schilder (1935), Apud, Lantz, Hardy, Ainsworth (1997) em conformidade com autores mais recentes entendem a imagem corporal como um conjunto de atitudes multidimensionais respeitantes ao próprio corpo, sobretudo à forma, tamanho e estética. Koff & Benvage, (1998) e Thompson (1996), define-a como "a imagem do nosso corpo que formamos na nossa mente". A psicologia da aparência física pode ser definida como “o estudo científico do modo como a nossa beleza física e os nossos atributos corporais, incluindo as nossas auto-percepções somáticas, afectam as nossas vidas”.

A beleza física como objecto de percepção é um dos factores mais importantes na dinâmica relacional e largamente influente nas autoavaliações e inferências de atributos de personalidade.

Em diversos aspectos da nossa vida, todos nós recorremos a estratégias que nos permitem transmitir imagens socialmente desejáveis para nós próprios e principalmente para os outros. As nossas atitudes, comportamentos, aparência física são assim utilizadas para transmitir impressões que se julgam produzir efeitos desejáveis nos outros. Supõe-se que existe um conjunto de atributos pessoais que influenciam o modo como o indivíduo gere as impressões que deseja transmitir às outras pessoas, sendo que entre os diferentes atributos, a beleza física ocupa um lugar de destaque, sobretudo na génese das relações amorosas.

A beleza física relaciona-se positivamente com a quantidade e qualidade de participação social. Pessoas atraentes possuem, comparativamente às de menor atractividade, maiores aptidões e vida sociais, popularidade e quantidade de reforço social recebido pelo mesmo comportamento, são mais olhadas durante a interacção social, recebem mais ajuda dos outros, alcançam melhores ocupações profissionais e maiores remunerações, manifestam menor ansiedade social, induzem nos outros maior submissão, esforço para agradar, honestidade e auto-revelação, a superioridade das pessoas atraentes verifica-se, também, no número, duração e percepção de agradabilidade das interacções com o sexo oposto, no tratamento mais caloroso por parte deste, nas oportunidades sexuais, no número de parceiros e na experiência sexual.

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