segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mudar de vida

Hoje acordei tristonha, fiz um esforço para sair da cama e apesar de ter almoço pronto nem consegui almoçar, comi apenas cereais, o resto da tarde foi passado entre a luta de me levantar e ir sozinha vaguear por ai ou deixar-me ficar a vencer pelo cansaço, pela tristeza. Em ronda pelo facebook vejo vidas perfeitas, pessoas feliz ou que aparentam ser, vidas sem sacrifício algum e que consegue dar todos os passos nesta vida e penso que eu que mudei tudo, que mudei de vida, que trabalho todos os dias em horários que dão cabo do sistema de qualquer pessoa, em turnos que me ocupam o fim-de-semana, que me roubam tempo com a família e com os amigos, amigos ou aqueles conhecidos com quem vamos para a festa, sim porque hoje em dia já não tenho amigos, mas isso seria para outro post, e enfim o que é que eu tenho depois desta luta?estive de férias e nem sequer sai daqui, estive de férias e a segunda semana passei o pior da minha vida, e quase nem sai da cama, luto por uma relação que não parece ter futuro e é assim luto luto e nada tenho. De que vale a pena a minha luta? será que vale a pena continuar? por vezes apetece-me desistir, fugir de tudo, pois estou cansada de estar sozinha, sinto-me triste, feia, sem confiança em mim e muito menos em quem me rodeia... Agora e depois de ter chorado toda a tarde, depois de um esforço enorme para me vestir e ir trabalhar, estou um pouco melhor, mas preciso mudar eu sei que preciso e a vontade de sair a correr é muita, queria começar do zero uma vida nova, mas tal não é possível e como tal vamos ficando a espera que o dia de amanha seja melhor. Por outro lado acredito que nada seja impossível e então os planos para amanha são: -acordar cedo; -limpar a casa; -tomar banho e tratar de mim; -sair de casa antes de ir trabalhar e se possível ir dar uma volta a pé; -fazer as refeições todas, pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar; -ir comprar uma coisa para a casa antes de ir para o trabalho; Vamos ver se consigo fazer isto tudo, sei que não é grande coisa mas para quem costuma passar os dias enfiada na cama pode significar o inicio de uma grande mudança.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Tento olhar de frente, levantar a cabeça e seguir o meu caminho com um sorriso no rosto, tento por-me de pé, mas de cada vez que eu tento há algo que me puxa, amarras que me prendem ao chão, essas lembranças que teimam em voltar, a cada palavra e a cada olhar. Já não me sinto mais eu aqui, já não me sinto mais nós...precisava partir, sozinha talvez e me reencontrar, encontrar a minha paz e uma forma de olhar por cima sem que me prendas de novo com essas amarras de dor, de sofrimento por quem se quer ficar. Um dia vai chegar a coragem e nesse dia talvez consiga voar para me encontrar de novo e nesse dia talvez consiga esquecer, e consiga ser feliz comigo, principalmente comigo.Apenas e só.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Não me resta nada, sinto não ter forças para lutar É como morrer de sede no meio do mar e afogar Sinto-me isolado com tanta gente à minha volta Vocês não ouvem o grito da minha revolta Choro a rir, isto é mais forte do que pensei Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei Não sei do que fujo, a esperança pouca me resta É triste ser tão novo e já achar que a vida não presta As pernas tremem, o tempo passa, sinto cansaço O vento sopra, ao espelho vejo o fracasso O dia amanhece, algo me diz para ter cuidado Vagueio sem destino nem sei se estou acordado O sorriso escasseia, hoje a tristeza é rainha Não sei a alma existe mas sei que alguém feriu a minha Às vezes penso se algum dia serei feliz Enquanto oiço uma voz dentro de mim que diz.. Chorei Mas não sei se alguém me ouviu E não sei se quem me viu Sabe a dor que em mim carrego e a angústia que se esconde Vou ser forte e vou-me erguer E ter coragem de querer Não ceder, nem desistir eu prometo Busquei Nas palavras o conforto Dancei no silêncio morto E o escuro revelou que em mim a Luz se esconde Vou ser forte e vou-me erguer E ter coragem de querer Não ceder, nem desistir eu prometo Não há dia que não pergunte a Deus porque nasci Eu não pedi, alguém me diga o que faço aqui Se dependesse de mim teria ficado onde estava Onde não pensava, não existia e não chorava Sou prisioneiro de mim próprio, o meu pior inimigo Às vezes penso que passo tempo de mais comigo Olho para os lados, não vejo ninguém para me ajudar Um ombro para me apoiar, um sorriso para me animar Quem sou eu? Para onde vou? Donde vim? Alguém me diga porque me sinto assim Sinto que a culpa é minha mas não sei bem porquê Sinto lágrimas nos meus olhos mas ninguém as vê Estou farto de mim, farto daquilo que sou, farto daquilo que penso Mostrem-me a saída deste abismo imenso Pergunto-me se algum dia serei feliz Enquanto oiço uma voz dentro de mim que me diz... Tento não me ir abaixo mas não sou de ferro Quando penso que tudo vai passar parece que mais me enterro Sinto uma nuvem cinzenta que me acompanha onde estiver E penso para mim mesmo será que Deus me quer Será a vida apenas uma corrida para a morte? Cada um com a sua sina, cada um com a sua sorte Não peço muito, não peço mais do que tenho direito Olho para trás e analiso tudo o que tenho feito E mesmo quando errei foi a tentar fazer bem Não sei o que é o ódio não desejo mal a ninguém Há-de surgir um raio de luz no meio da porcaria Porque até um relógio parado está certo duas vezes por dia Vou-me aguentando, a esperança é a última a morrer Neste jogo incerto que o resultado não posso prever E quando penso em desistir por me sentir infeliz Oiço uma voz dentro de mim que me diz... Mantém-te firme